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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Jorginho, presidente do Atletas em Cristo, afirma: “Estou triste pra...

A palavra comprometimento continua no discurso, mas a tristeza também é indisfarçável. Em entrevista por telefone à colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S.Paulo”, Jorginho, auxiliar de Dunga na seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo da África do Sul, diz que ainda acorda de madrugada, que não brigou com a imprensa e que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, nunca pediu à comissão técnica renovação na equipe.
- Ainda acordo de madrugada, com as lembranças martelando a minha cabeça. Ver meus filhos chorando quando voltei. Eu estou triste para c… É como se tivéssemos perdido alguém da família. A gente viu o prazer deles em vestir a camisa da seleção. Em nenhum momento, o presidente Ricardo Teixeira pediu renovação de idade. Pediu comprometimento. Fiquei conversando com o Júlio César no quarto até as três horas da manhã (na noite da eliminação para a Holanda, nas quartas de final). Ele disse: “Cara, isso é uma dor que eu vou levar pro resto da vida”. Em 2006, não houve consternação nem choro – disse o auxiliar.

Sobre as críticas do presidente da CBF à atuação do time na derrota de 2 a 1 para a Holanda ele respondeu dizendo que Ricardo Teixeira sempre tinha dado liberdade a Dunga, mesmo nos momentos mais críticos antes da Copa, como nas derrotas para o Paraguai nas eliminatórias e nas Olimpíadas para a Argentina. E afirmou que o presidente da CBF já havia comentado que “essa seria uma das Copas mais fechadas dos últimos tempos”:

- Não podíamos dispor os jogadores para dar entrevistas toda hora. Eu nunca briguei com a imprensa. Só coloquei o que estava no meu coração. Disseram que eu tinha ascendência sobre o Dunga. Isso ofende a ele e a mim. O Dunga é democrático, mas é o líder.
Jorginho, que é muito religioso, refutou a ideia de que isso atrapalharia a equipe:


- Nunca participei das reuniões dos atletas, mas em nenhum momento elas atrapalharam. Era uma hora por semana, de estudo bíblico, não era reunião para ganhar campeonato. Será que, se tivéssemos sido campeões, não diriam que isso ajudou?


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