Vigário da Igreja Anglicana conta que Elize Matsunaga era 'normal'.
Ela
confessou o crime na tarde desta quarta-feira (6) no DHPP, em SP.
Elize Matsunaga (Foto: Nilton
Fukuda/AE)
“Se foi ela, foi surto psicótico”, disse nesta quarta-feira (6) o reverendo
Aldo Quintão, vigário da Catedral Anglicana de São Paulo, ao saber que a
bacharel em direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38
anos, confessou ter matado e esquartejado o empresário Marcos Kitano Matsunaga,
de 42 anos. O casal se casou na Igreja Anglicana em 2009, segundo Quintão, e era
frequentador assíduo da unidade que fica na Brasilândia, na Zona Norte de São
Paulo.“Eram pessoas reservadas e normais. Vinham aqui com a filha. Fiquei surpreso ao saber disso”, afirmou o reverendo Quintão ao ser informado pelo G1 sobre a confissão de Elize, ocorrida na tarde desta quarta no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde ela foi interrogada. ""Acredito num surto. Não dá para você matar uma pessoa e depois esquartejar dentro de casa com um filho por perto", disse.
De acordo com o reverendo da Catedral Anglicana, o reverendo Renê foi quem realizou o casamento de Elize e Marcos e batizou a filha do casal. “É preciso analisar a mente dela. Saber como foi a sua infância, que problemas teve na adolescência e fase adulta. Ela nunca trouxe a família dela aqui na igreja”, disse o reverendo.
Os policiais relataram que ela contou que atirou no executivo dentro do apartamento do casal, levou o corpo para o quarto da empregada e fez no local o esquartejamento. Ainda segundo os policais, ela também informou ter sido a única responsável por descartar os sacos plásticos com as partes do corpo.
Desde o dia em que Elize foi presa, O G1 tenta contato com o advogado da bacharel. Nesta tarde, o advogado José Beraldo informou que chegou a conversar com Elize, mas que ela afirmou que seu defensor será um professor do curso de direito onde ela estudou.
A mulher, que teve a prisão temporária decretada
pela Justiça, passou a última noite na cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo. Por
volta das 11h desta quarta, ela foi levada para o DHPP para ser ouvida
formalmente sobre o caso.
Detetive particularA polícia tenta identificar o detetive particular que foi contratato por Elize para investigar se o excutivo a traía. Ele é procurado para que seja intimado a prestar depoimento sobre seu trabalho. Policiais informaram à equipe de reportagem que o profissional seguiu o executivo e comprovou a infidelidade dele. Fotos e relatórios sobre três supostas amantes foram enviadas para a bacharel. No computador da vítima, peritos da Polícia Técnico Científica identificaram acessos a sites de prostituição.
Também deverão prestar depoimento nesta quarta a empregada e a babá da filha do casal. As duas foram dispensadas por Elize horas antes do desaparecimento de Marcos, no dia 19 de maio. Partes do corpo do executivo foram encontradas dentro sacos plásticos espalhados em uma área de mata em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 do mês passado.
A polícia suspeita de crime passional, mas motivação financeira não está
descartada. Segundo informou na terça-feira (5) o delegado Jorge Carrasco,
diretor do DHPP, Elize é suspeita de assassinar o marido por ciúmes após
descobrir a traição. Ela e a filha teriam direito a receber R$ 600 mil no caso
de morte do empresário.Detetive particularA polícia tenta identificar o detetive particular que foi contratato por Elize para investigar se o excutivo a traía. Ele é procurado para que seja intimado a prestar depoimento sobre seu trabalho. Policiais informaram à equipe de reportagem que o profissional seguiu o executivo e comprovou a infidelidade dele. Fotos e relatórios sobre três supostas amantes foram enviadas para a bacharel. No computador da vítima, peritos da Polícia Técnico Científica identificaram acessos a sites de prostituição.
Também deverão prestar depoimento nesta quarta a empregada e a babá da filha do casal. As duas foram dispensadas por Elize horas antes do desaparecimento de Marcos, no dia 19 de maio. Partes do corpo do executivo foram encontradas dentro sacos plásticos espalhados em uma área de mata em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 do mês passado.
Também é apurado pela polícia se Elize teve a ajuda de alguém para se desfazer do corpo da vítima. Uma testemunha ligou para a Guarda Civil Municipal de Cotia afirmando que um motociclista estava jogando sacos por uma estrada. Dentro deles haviam membros humanos.
Morte no apartamentoPara a polícia, Elize matou o empresário no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo, com um tiro na nuca. Ela havia feito de curso de tiro, assim como o marido.
As imagens das câmeras do edifício não foram divulgadas, mas, segundo a investigação, mostram Marcos entrar no prédio no dia 19, mas não registraram sua saída. “A gente sabe que ele entrou no apartamento e não saiu. Em tese, o homicídio aconteceu lá”, disse o delegado Mauro Gomes Dias na terça.
Em seguida, a gravação mostra Elize saindo do elevador, levando três malas com rodinhas. E mostra também a volta dela, 12 horas depois, sem as malas. Além das câmeras de segurança, que registraram a saída dela sozinha do prédio, e das sacolas plásticas apreendidas na residência do casal serem idênticas as encontradas com o corpo da vítima, um terceiro indício é levado em conta pela polícia para suspeitar de Elize.
No mesmo dia em que foi presa ela tinha entregado três armas para a Guarda Municipal, para que fossem destruídas. Uma delas usa balas do mesmo calibre que matou o empresário.
G1
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