Que a indústria fonográfica não anda nada bem, todo mundo sabe. A “novidade”, especialmente para quem não é evangélico, é a aposta das grandes gravadoras no meio gospel. Este é visto como o setor de bonança no meio da crise.
Um dos casos que ilustram tal situação é o da cantora Aline Barros que já ganhou disco de diamante, conquistado pelas mais de 360 mil cópias vendidas, em menos de dez meses, do álbum "Extraordinário Amor de Deus" (2011). Para as mega gravadoras, que disputaram acirradamente o contrato com Aline, esse “extraordinário” poder de vendas é o que lhes interessa.
A cantora, quatro vezes premiada no Grammy Latino, explica que o sucesso no meio secular se deve ao fato de as pessoas estarem carentes de Deus, precisando de salvação. "As pessoas estão buscando algo maior", afirma.
Porém, obviamente, para os gigantes da indústria fonográfica o propósito de investir na música evangélica é visando somente o lucro financeiro, não o espiritual. Esse foi um dos motivos pelos quais a cantora optou por permanecer em uma gravadora gospel.
Novo nicho
O diretor-geral da Som Livre, Marcelo Soares considera que "o público não religioso pouco gasta em suas crenças pessoais". Já o cristão, "além desses gastos", tende a gastar mais com cultura. Sem mencionar, que este público, pelo menos em sua maioria, não se “rende” à pirataria comprando sempre os álbuns originais.
O selo representa nomes como o da Ana Paula Valadão (7 milhões de CDs e DVDs vendidos). A ministra de louvor viu no convite a possibilidade de evangelizar e ganhar mais almas para Cristo. Por conta da parceria, “rádios seculares estão começando a tocar nossas canções. Os apresentadores sempre dizem que antes tinham preconceito", explica Ana Paula.
A Sony Music inaugurou, em 2010, um departamento especializado em gospel. Seu diretor, Maurício Soares, levanta o perfil desse consumidor. "O evangélico lê mais, cerca de sete livros por ano. E as rádios do segmento, na maioria, são líderes do tempo médio de audiência", ilustra.
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CPAD News com Folha.com
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