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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Marco Feliciano fala sobre a corrupção, que na gestão Dilma já abateu um ministro a cada 50 dias.


Marco Feliciano fala sobre a corrupção, que na gestão Dilma já abateu um ministro a cada 50 dias.
Nunca um inquilino do Palácio do Planalto em primeiro mandato perdeu tantos integrantes do primeiro escalão em tão curto espaço de tempo. Com 10 meses de mandato a presidente Dilma Roussef já teve de demitir seis ministros.
Desde a primeira demissão, a do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), em junho, até a saída de Orlando Silva (Esporte), Dilma afastou um subordinado a cada 23 dias. De janeiro até agora, foi um a cada 49,8 dias.
No mês de julho o jornal espanhol El País publicou um texto com o título: “Por que os brasileiros não reagem a corrupção de seus políticos?”, o texto fui assinado pelo jornalista Juan Arias e questionava o fato da sociedade ter encarado a queda de dois ministros de forma normal. Passados quatro meses a população se mobiliza contra a corrupção, ainda que de forma não tão expressiva.
Dos seis apenas um não foi acusado de irregularidades, Nelson Jobim (Defesa). Dos que saíram, houve desde quem saiu por que pagava a governanta com dinheiro público (Pedro Novais) a quem se viu acusado de comandar esquemas milionários (Alfredo Nascimento).
O ministério do Esporte deixou um rombo no patrimônio publico de aproximadamente R$ 700 milhões – mesmo valor que Dilma pretende investir para erradicar a miséria no Nordeste.
O correspondente Michael Caceres procurou saber como anda a situação dos ex-ministros e qual a posição da Bancada Evangélica em relação a corrupção no país.
Antonio Palocci
Entre os ministros era o mais influente, o então chefe da Casa Civil caiu em meio ao escândalo envolvendo suas atividades como consultor de empresas e suspeita de enriquecimento ilícito.
Investigações Suspeito de lavagem de dinheiro no aluguel de um apartamento, está sob investigação criminal, aberta pelo Ministério Publico de São Paulo, segundo o jornal Folha de São Paulo.
O Ministério Publico Federal também investiga o ex-ministro, em Brasilia. Ele voltou a trabalhar como consultor de empresas.
Wagner Rossi
Acusado de chefiar esquema de corrupção e de acobertar a distribuição de propinas a 30 passos do seu gabinete no Ministério da Agricultora.
Esta sendo indiciado em um inquérito da Polícia Federal, em que outras oito pessoas também são investigadas, por participação no esquema de propinas.
A CGU abriu sindicância para investigar suposta atuação no esquema e supostos pagamentos indevidos a empresas.
Alfredo Nascimento
Sob seu comando, o Ministério dos Transportes está sendo acusado de diversas irregularidades. A corrupção na pasta levou a queda de toda a cúpula.
O Supremo Tribunal Federal recebeu da Procuradoria-Geral um pedido de investigação contra o ex-ministro.
A Polícia Federal irá investigar dezenas de obras do Dnit.
De acordo com a CGU o ministrou deixou um prejuízo de R$ 682 milhões no Dnit.
Pedro Novais
Foi obrigado a deixar o Turismo após a descoberta de que ter pago a empregada doméstica com verba pública por sete anos – mesmo com um patrimônio estimado em R$ 6,3 milhões.
O PSOL pediu investigação junto a Corregedoria da Câmara sobre as denúncias.
Deve receber uma representação da Procuradoria-Geral da República por malversação de verbas públicas
A CGU apura irregularidades que deram origem à Operação Voucher.
Após demissões apurações são esquecidas por políticos
Após o calvário de denuncias e acusações, as supostas irregularidades derrubaram os políticos. Com a queda, as suspeitas perderam força e deixaram de ser o centro das preocupações do Planalto e da oposição.
Apesar de a mídia deixar de cobrir estes políticos após suas quedas e as suspeitas saírem das manchetes, isso não significa que elas deixem de existir. Mas após o afastamento dos suspeitos os deputados deixam de buscar apuração.
O correspondente Michael Caceres procurou o Deputado Federal, pastor Marco Feliciano. Leia a entrevista na integra:
Michael Caceres – A gestão Dilma tem abatido um ministro a cada 50 dias. Como o senhor vê estas quedas?
Marco Feliciano – A principio, do ponto de vista de um brasileiro que ama seu país e odeia qualquer tipo de corrupção, vejo com bons olhos. Todavia, agora como político, fico intrigado sobre o fator MOTIVAÇÃO, ou seja o que MOTIVA a mídia e a Presidente a expor e agir assim? É sabido por todos, que, enquanto não houve uma reforma política, que moralize as campanhas políticas, a corrupção estará presente sempre no cenário politico nacional. Deixemos a hipocrisia de lado e pensemos um pouco, por que logo após todo governo ser contemplado com a vitória existem as “brigas” por cargos? Por que tais cargos são chamados de “primeiro escalão, segundo escalão e terceiro escalão? Por que existe uma disputa frenética pelos altos cargos nas estatais? Dai advem os fundos de campanhas. Todos os ministérios possuem isso! Legislativo e Executivo se acostumaram com isso. Então mais uma vez pergunto, por que a mídia insiste e a Presidente age? Quanto o governo federal investe nestas mídias? Descubra e responda a si mesmo…
Michael Caceres – Brasil já foi notícia no jornal El País, questionando a posição da população diante de tanta corrupção. O senhor acredita que falta uma reação popular?
Marco Feliciano – Ajuda muito. A opinião popular sempre terá uma influencia gigante em questões politicas, por que na verdade, quando falamos que o Brasil é regido por 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), nos esquecemos o quarto poder é o maior de todos: O PODER SOBERANO DO POVO. Pois é o povo que comanda o Regime Democrático com seus votos.
Michael Caceres – Os ministros afastados por corrupção estão sobre investigação. O senhor acredita que algum pode ser indiciado por crime?
Marco Feliciano – Nossa justiça é lenta, acredito eu que o intento já foi alcançado, ou seja, quem tinha interesse no cargo do ministério atingido já se beneficiou, mas a esperança é a ultima que morre né? Vamos crer.
Michael Caceres – Qual a posição da bancada evangélica em relação as quedas nos ministérios por corrupção?
Marco Feliciano – A bancada evangélica não é um partido, ela é supra partidária, e se reúne esporadicamente para tratar de assuntos específicos. O Presidente da Frente nos convocou dia destes e falando sobre o assunto corrupção, nos informou que a Frente iria se manifestar, o que teve nosso total apoio e consentimento, afinal, a frente que luta pela família, entende que a corrupção fere diretamente a família brasileira.


O VERBO

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