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terça-feira, 6 de março de 2012

Assassinato do bispo: filho justifica porque o matou e a sua mãe

Meu pai era um ausente na minha vida”. Esta foi a justificativa que Eduardo Cotias, apresentou ao ser indagado do porque ter matado no dia 26, seus pais, o bispo Robinson Cavalcanti da Igreja Anglicana e sua mãe, Miriam Cotias. O crime aconteceu na casa onde moravam, no bairro dos Bultrins,em Olinda, Grande Recife.
As informações sobre o depoimento do acusado e o andamento do inquérito foram reveladas em coletiva de imprensa no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta segunda-feira (5), no Recife
O acusado afirmou à polícia que o pai era ausente na sua vida, fazendo-o se sentir abandonado. O gestor do (DHPP), o delegado Joselito Kehrle, acredita que essa tenha sido a principal motivação dos assassinatos. No entanto, aindaem depoimento, Eduardorevelou que, no final de semana em que os crimes aconteceram, havia pedido ao bispo auxílio financeiro para trazer para o Brasil a esposa e os três filhos que vivem nos Estados Unidos. O pai havia negado.
Quando foi ouvido, o acusado disse ter tentado primeiro matar o bispo Robinson, a facadas. O pai tentou se esconder em um dos cômodos da casa, quando a esposa, Miriam Cotias interveio na confusão, sendo atingida também. “Eu acho que ela (Miriam) morreu porque interveio. Ele (Eduardo) a considerava uma vítima”, disse o delegado. Segundo a polícia, a mãe sofreu uma perfuração fatal. Depois disso, Eduardo conseguiu desferir mais golpes contra o pai, que teria morrido com três perfurações profundas.
Eduardo disse ter ingerido 60 cápsulas de um remédio psicotrópico de uso controlado, o Z…., no dia dos crimes. Ele afirmou no depoimento que transformou o medicamento em pó branco, encontrado pela polícia e encaminhado ao Instituto de Criminalística para análise. O remédio é geralmente prescrito em casos de ansiedade associada a depressão, por ter efeitos sedativos, anticonvulsionantes e de relaxamento muscular.
Depois das mortes, o acusado foi internado sob custódia policial no Hospital da Restauração (HR), área central do Recife. A alta médica só foi emitida no último sábado (3). Do HR, Eduardo Cotias seguiu para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde está em prisão preventiva.
Além de confessar o assassinato dos pais, ele disse responder a 15 inquéritos nos Estados Unidos por dirigir alcoolizado, estar ligado ao tráfico de drogas, entre outros. Mas disse que nenhum deles é por homicídio. Eduardo ainda confirmou que fazia parte de gangue de cubanos e italianos que atua em Miami, comandada por Jon Gary Jr.
Eduardo será indiciado pelo duplo homicídio duplamente qualificado. Os agravantes são a crueldade e a impossibilidade de defesa das vítimas. A pena mínima quando for julgado é de 12 anos e a máxima, 30.
Fonte UOL

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