“A Marcha por Jerusalém” ocorrerá na próxima sexta-feira, 30 de março. Esta é uma data simbolicamente importante para os palestinos, chamada de “Dia da Terra”. Foi em 30 de março de 1976 que seis árabes israelenses foram mortos em protestos contra a expropriação de terras em Israel.
Embora leve o nome de Jerusalém, ocorrerá ao mesmo tempo em diversas cidades de todo o mundo, pedindo “liberdade para a Palestina e sua capital, Jerusalém”. O evento já recebeu o apoio de figuras evangélicas como o bispo Desmond Tutu e o reverendo Jeremiah Wright, pastor que batizou Barak Obama, bem como de líderes muçulmanos do Irã.
O evento é promovido pelo Comitê Central Internacional, um grupo formado por 42 delegados representando os cinco continentes.
Os delegados querem reunir um milhão de pessoas marchando “em solidariedade” nos países do Oriente Médio que fazem fronteira com Israel. Essa é uma tentativa de chegar “ao ponto mais próximo possível da antiga cidade, considerada sagrada pelas três religiões monoteístas.
As diversas marchas estão sendo organizadas em praças públicas nas capitais e em frente a algumas embaixadas de Israel em países como Alemanha, Suíça e Canadá.
“A Marcha Global por Jerusalém é uma iniciativa inovadora, que está a organizando a resistência civil não violenta desde 30 de março de 2010 na Palestina e em quatro países vizinhos: Egito, Líbano, Jordânia e Síria”, diz o site do evento.
“As manifestações pacíficas vai pedir liberdade para Jerusalém e seu povo. Nosso objetivo é acabar com as políticas sionistas de apartheid, limpeza étnica e judaização, que prejudicam todas as pessoas, a terra, e a santidade de Jerusalém”, acrescenta o site.
O Serviço de Inteligência de Israel informou no início da semana que o Irã tem sido o maior promotor da nova iniciativa, alegando que seu objetivo é se aproveitar “da sensibilidade do mundo árabe-muçulmano em relação a Jerusalém”.
O líder religioso supremo do Irã, Ali Khamenei , apóia aberta e publicamente o evento, dizendo que a marcha irá “fortalecer as operações de resistência” contra Israel e que o Irã vai enviar dezenas de milhares de pessoas até Jerusalém para marcha na sexta-feira.
Em junho passado, grupos árabes organizaram marchas ao longo da fronteira de Israel no chamado o “Dia Nakba”. Nakba é um termo árabe que significa “catástrofe” ou “desastre”. É usada pelos palestinos para descrever a data simbólica da “perda” do território da Palestina para Israel.
As marchas realizadas ao longo do ano passado nas fronteiras de Israel foram marcadas pela violência que deixou 13 pessoas mortas. Por isso, muitos manifestaram a preocupação de que os milhares de pessoas que devem tentar ilegalmente cruzar as fronteiras de Israel para o protesto durante a “Marcha Global por Jerusalém” poderão se ferir ou até morrer.
Apesar das preocupações, autoridades israelenses disseram que estão prontas para lidar com protestos e reforçarão a segurança nas fronteiras para conter toda violência.
Traduzido e adaptado de Christian Post
Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/marcha-global-por-jerusalem-une-pastores-e-lideres-muculmanos/#ixzz1qVJYIkY0
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