Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, dirigiu-se à pé para a escola na manhã de 7 de abril de 2011, portando dois revólveres calibre 38 e carregadores de municiamento rápido que, segundo os policiais, exige treinamento para uso. Ele estava bem vestido e, por volta das 8:00 (UTC-3), identificou-se como um palestrante que iria conversar com os alunos naquela manhã. Depois, subiu para o terceiro andar e entrou numa sala da aula da oitava série. Wellington então começou a atirar aleatoriamente, direcionando os disparos para a cabeça de crianças e adultos. Morreram dez meninas e um menino, todos com idade entre 12 e 14 anos. Ele conseguiu dar mais de cem tiros, graças ao uso dos carregadores.
Wellington deixou uma carta no local, onde afirmou ter AIDS registrou a intenção de se matar após sua ação. Ele afirmou também ser simpatizante de fundamentalistas religiosos, sem dar maiores detalhes.O website português RTP faz referências a conteúdo "fundamentalista" na carta deixada pelo autor dos disparos. Na tarde do dia da tragédia, a mídia nacional veiculou que irmã adotiva do atirador diz que ele era ligado ao islamismo, não saia de casa e "vivia na internet". A informação de que o criminoso teria vínculos com o islamismo foi posteriormente negada por pessoas próximas a ele e também pela União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil.
Reação
A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, disse através do porta-voz da Presidência que estava "chocada e consternada" e conversou por telefone com Sérgio Cabral Filho, governador do Rio de Janeiro, e com Eduardo Paes, prefeito. O Ministro da Educação, Fernando Haddad, fez um pronunciamento no final da manhã afirmando que o caso era "uma tragédia sem precedentes no Brasil", e colocou o Ministério à disposição da Prefeitura do Rio de Janeiro.Pouco depois de saber do ataque, a Presidenta Dilma Rousseff chorou ao falar do ocorrido, pedindo um minuto de silêncio pelas vítimas. Decretou luto oficial no Brasil por 3 dias.
Na ocasião a Presidenta declarou: "Não vou fazer um discurso porque hoje nós também temos que lamentar o que aconteceu em Realengo com crianças indefesas. Não era característica do país ocorrer esse tipo de crime. Por isso, eu considero que todos aqui estamos unidos no repúdio a esse ato de violência."
A UNESCO, órgão da educação vinculado à ONU, manifestou imediato repúdio ao ataque, através de nota pela internet, que dizia: “A Unesco repudia ataques à escola do Rio e se solidariza com as famílias. A escola deve ser um lugar para reconstruir a paz e a cultura
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