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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

POUCA VERGONHA NA CÂMARA DE CAMPINAS - Vereadores ignoram pressão e aprovam reajuste salarial de 126%



Em sessão tumultuada e sob pressão popular, os vereadores de Campinas aprovaram o aumento salarial de 126% nos próprios salários. O piso sobe de R$ 6,6 mil para R$ 15 mil e, para manter os 33 parlamentares da cidade a partir de 2013, serão necessários R$ 5,9 milhões por ano, contra os R$ 2,6 milhões gastos atualmente.
O placar da votação foi de 28 a 2 a favor do aumento, com dois vereadores ausentes e o presidente da Câmara, Serafim Júnior (PT), sem se manifestar. A manobra política dos vereadores ficou evidente com o discurso de Josias Lech (PT), da base governista, sobre a Macrozona. Ao se posicionar favorável a aprovação, o parlamentar atraiu a atenção de boa parte dos populares que estavam presentes no Plenário, muitos vindos da região do Ouro Verde e do Campo Grande. A bancada de oposição do PSB fez uso da palavra e também falou da importância de aprovar a criação da macrozona. Em seguida veio o a manobra.

O presidente da Câmara, Serafim Junior (PDT), leu o quinto item da pauta de votação que "prevê a obrigatoriedade dos estabelecimentos que comercializam bebidas energéticas informarem os seus efeitos". O texto do sexto item, o do reajuste dos salários, ao contrário do anterior não informava de forma clara o seu objetivo. Com isso, quando Serafim Junior fez a leitura do projeto proposto, a população presente só percebeu que se tratava do aumento quando já estava aprovado.
O plenário ficou lotado, com cerca de 200 pessoas para a sessão, a penúltima do ano. Com cartazes, os manifestantes lembraram o reajuste do salário mínimo para o próximo, de 14,26%, além de outras frases de protesto contra o autoaumento dado pelos parlamentares. Ao fim da sessão, alguns manifestantes jogaram ovos nos parlamentares. A Guarda Municipal reagiu e usou a pistola que dá choque e gás de pimenta para reprimir os protestos.
O projeto é de autoria da Mesa Diretora e o argumento de Serafim Júnior é de que o aumento salarial “é a correção de todos os anos que a Câmara deixou de dar aos vereadores desde 1994”. Ele argumenta que o impacto será amenizado com o acordo, por enquanto verbal, com os vereadores para reduzir a verba de gabinete, hoje de R$ 41,5 mil – e que subirá para R$ 43 mil em 2012 -, para R$ 35 mil. O projeto para redução da verba só entra na pauta em 2012, sem data definida.
Confira como votou cada vereador à proposta de aumento do salário:
Antonio Flôres (PSB) - Sim
O Politizador (PMN) - Não
Arly de Lara (PSB) - Sim
Artur Orsi (PSDB) - Sim
Aurélio Cláudio (PDT) - Sim
Carlos Signorelli (PT) - Ausente
Campos Filho (DEM) - Sim
Cidão Santos (PPS) - Sim
Dário Saadi (PMDB) - Sim
Dr. Sebastião dos Santos (PMDB) - Ausente
Dr. Élcio Batista (PSB) - Sim
Francisco Sellin (PMDB) - Sim
Gilberto Cardoso (PSDB) - Sim
Jaírson Canário (PT) - Sim
Jorge Schneider (PTB) - Sim
Josias Lech (PT) - Sim
Leonice da Paz (PDT) - Sim
Luiz Cirilo (PSDB) - Sim
Miguel Arcanjo (PSC) - Sim
Paulo Oya (PSC) - Sim
Peterson Prado (PMDB) - Sim
Professor Alberto (DEM) - Não
Rafa Zimbaldi (PP) - Sim
Sebá Torres (PSB) - Sim
Serafim Júnior (PDT) - Não votou
Sérgio Benassi (PCdoB) - Sim
Tadeu Marcos (PTB) - Sim
Thiago Ferrari (PTB) - Sim
Valdir Terrazan (PSDB) - Sim
Vicente Carvalho (PV) - Sim
Zé Carlos (PMDB) - Sim
Zé Cunhado (PP) - Sim
Zé do Gelo (PV) - Sim

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