Stupp decidiu reagir após bandidos recusarem as chaves do seu carro
(Foto: Cido Melo/Jornal O Popular)
(Foto: Cido Melo/Jornal O Popular)
Stupp foi rendido pelos dois homens na saída da sessão da Câmara, que, na segunda-feira (22/11), se estendeu até mais de meia-noite por conta da votação das contas do prefeito. No momento da abordagem, ele caminhava rumo ao seu carro, que estava estacionado na rua lateral do prédio da Câmara.
Segundo o legislador, que agora vai andar com escolta de seguranças particulares, os bandidos eram três, mas um ficou dentro do carro, um Hyundai I-30. Os outros dois estavam armados e o primeiro golpe foi quando Stupp conseguiu tirar a arma de um deles com um chute.
'Não é legal reagir. Eu só me atraquei com eles quando entreguei a chave do carro e eles não quiseram. Tentaram me imobilizar. Tive certeza que seria executado', contou o político, que acredita que a ação pode ser um crime político.
'Na minha vida pessoal e empresarial não tenho nenhum desafeto. Sou novo na política e já passei por cima de muito cacique aqui', falou.
Uma assessora de um vereador do Partido Verde (PV) passava pelo local no momento da ação e acabou abordada pelos bandidos durante a fuga. Ela foi colocada dentro do carro deles e liberada alguns metros depois. 'Manda essa menina descer que ela não tem nada a ver', ouviu a testemunha quando foi liberada.
Durante todo o dia, a Guarda Municipal, que cuidou da escolta do político até que seus seguranças iniciassem o trabalho, encontrou no local dos fatos um projétil intacto de calibre 9mm. Segundo os GMs, trata-se de uma munição utilizada apenas em armas de uso exclusivo das forças armadas.
Apesar de o vereador ter afirmado o aparente desinteresse dos bandidos em levarem seus bens, o caso foi registrado no plantão policial como tentativa de roubo. Durante à tarde o político deu depoimento aos investigadores e analisou algumas fotografias para um eventual reconhecimentos dos suspeitos. Ele contou à reportagem que, paralelamente ao trabalho da Polícia Civil, vai contratar uma equipe de investigadores particulares para tentar desvendar o caso.
O promotor de Justiça de Mogi Mirim Rogério José Filócomo Júnior solicitou formalmente, por meio de um ofício, à seccional de Mogi Guaçu uma possível escolta ao vereador e pediu o apoio da Delegacia de Investigações Gerais da cidade vizinha na investigação do caso.
Filócomo Júnior crê na hipótese de um crime político e disse que o Ministério Público vai acompanhar de perto as investigações. 'Trata-se de um caso grave que deve ser solucionado com urgência', disse.
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