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SOCIEDADE BÍBLICA


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Em entrevista, pastor Waldir Agnello critica administração da Igreja Quadrangular e afirma que líder de ministério não pode exercer cargo político

Em entrevista, pastor Waldir Agnello critica administração da Igreja Quadrangular e afirma que líder de ministério não pode exercer cargo político
A Igreja do Evangelho Quadrangular é uma tradicional denominação evangélica brasileira que realiza eleições entre os membros para definir sua diretoria e esse ano, entre os que disputam a eleição, está o pastor Waldir Agnello, 1º Vice-Presidente do CED- SP, membro da igreja desde 1977, e que já ocupou cargos administrativos na denominação, em todos os níveis.
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica GospelProfissionalmente, o pastor é professor no curso de pós-graduação da FGV-SP e consultor empresarial, além de membro da diretoria da Sociedade Bíblica do Brasil e do Conselho de Pastores e Ministros. Também já foi deputado estadual por dois mandatos em São Paulo.
Na entrevista concedida ao Gospel+, o pastor fala sobre sua trajetória na igreja, destacando seu envolvimento com os bastidores da denominação, presença da Quadrangular na mídia, obras sociais, e as polêmicas judiciais envolvendo a Igreja.
Para o pastor, a Igreja do Evangelho Quadrangular tem deixado a desejar no que diz ao planejamento para continuar crescendo e acompanhar o aumento da população brasileira, e que em relação às obras sociais, pouco tem sido feito e que é papel das igrejas contribuir com a sociedade.
Entre as observações que faz, o pastor deixa claro que em sua visão, um líder de ministério não deve exercer cargo político e que a transparência na administração das igrejas deve ser algo buscado sempre, a fim de evitar escândalos
Confira abaixo a íntegra da entrevista do pastor Waldir Agnello:
Qual é a sua história com a Igreja do Evangelho Quadrangular? O senhor se converteu nela?
A Igreja do Evangelho Quadrangular está em meu coração desde que, há 34 anos, decidi entregar-me a Cristo. Sob essa bandeira constituí uma família e eduquei meus filhos nos caminhos do Senhor. Nessa Igreja desenvolvi minha vocação ministerial e tenho estabelecido minhas melhores amizades. Há 27 anos faço parte desse ministério, trabalhando sempre com muito esmero. Posso citar como referência meu trabalho junto à Editora Quadrangular, que ao longo de minha gestão conquistou diversos prêmios literários e trouxe muito orgulho à nossa Igreja. Minha ficha de serviços prestados também inclui passagens pela administração nacional, estadual, regional e local.
Independente dessa ligação até mesmo emocional com a IEQ, o senhor se sente apto para exercer a função de presidente conhecendo a fundo a estrutura da IEQ?
Posso dizer que conheço todos os detalhes da nossa estrutura organizacional. Prova disso é minha presença atuante nas Convenções, nas reuniões do Conselho e regionais, sempre apresentando ideias e debatendo propostas na defesa dos interesses da instituição e do ministério, sem nada temer.
A IEQ mesmo com tantos anos de história parece ser bastante “desaparecida” no que diz respeito à mídia. O que o senhor pensa e planeja sobre isso?
É curioso que após 60 anos de existência, ainda não tenhamos marcado presença efetiva na mídia. Nossa participação na TV e no Rádio, só depende de um planejamento profissional e agressivo de comunicação. Precisamos dar mais visibilidade às nossas igrejas em todo território nacional. O Plano Nacional de Mídia que iremos implantar será moderno, eficiente e promoverá a igreja e não pessoas.
A igreja evangélica passou a dar importância para as obras sociais mais recentemente. De que maneira o senhor acha que se pode trabalhar nessa área?
Temos uma dívida enorme com a sociedade no tocante à presença da igreja no campo social. Mais do que eventuais campanhas de emergência, precisamos pensar em escolas, casas de recuperação, centros de convivência, albergues, asilos, assistência a menores abandonados e até hospitais. Investimento, treinamento profissional e suporte jurídico são exemplos do que podemos fazer.
Não existe denominação que não pense no crescimento, ou seja, na abertura de novas igrejas. O que pensa a respeito?
A população evangélica no Brasil cresce aceleradamente. Se não investirmos na abertura de obras novas, daremos espaço para que outros ministérios se firmem à sombra do nosso trabalho. Priorizar a implantação de igrejas naqueles municípios aonde a bandeira Quadrangular ainda não chegou e expandir e fortalecer as igrejas nas cidades com maior densidade populacional é uma opção.
É fato que a denominação tem sofrido com o nome protestado em muitos lugares de um tempo pra cá. O senhor acredita ser possível reverter esse quadro?
A vergonha do nome protestado continua. O tempo passa e o problema só aumenta. Vamos implantar um eficiente programa de recuperação do nome da Igreja no Brasil. Faremos os investimentos necessários de tempo, de pessoas e de dinheiro para eliminar todas as pendências. Com o CNPJ desmembrado por Estado, protestos futuros se houverem, ficarão restritos ao Estado gerador, não comprometendo os demais.
Cite valores que o senhor considera como importantes para ser presidente da IEQ.
Acho de enorme importância não exercer mandato político ou ocupar cargo público, dedicando tempo integral no exercício da presidência. Além disso, é necessário fazer um governo participativo e democrático. A IEQ precisa fortalecer a visão missionária e atender os interesses das crianças e dos idosos. Precisamos apoiar os talentos na área da música, dança e teatro e, principalmente, promover a unidade e os valores da família.


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