Edu Fortes/ANN
Confronto. Manifestantes se revoltaram contra aprovação às escondidas do projeto
Na próxima legislatura (2013 a 2016), o rendimento mensal dos vereadores vai passar dos atuais R$ 6.636,24 para R$ 15.031,76. Ao perceber que o item já havia sido aprovado, o público que assistia à sessão ficou revoltado.
Ontem, os protestos se ampliaram, principalmente na internet. Fotos dos vereadores de Campinas sorrindo durante a sessão foram publicadas em diversas páginas de redes sociais, acompanhadas de comentários, xingamentos e sinais de mais revolta da população.
Indignados, usuários do site de relacionamentos Facebook foram além das críticas e estão se mobilizando para tirar da Câmara políticos que aprovaram o reajuste. "Vamos mostrar a esses vereadores campineiros que temos memória e sabemos pôr políticos em seu verdadeiro lugar! Vamos iniciar a campanha ‘Não vote nos atuais vereadores que votaram no aumento de seu salário’. Nós podemos fazer a diferença", publicou uma eleitora.
Além da aprovação do projeto, a reação dos guardas deixou os moradores de Campinas indignados. "É um absurdo. Vereadores fazem o que querem. Dá raiva, dá vergonha, dá nojo. Aí, o povo reage e toma choque?", perguntou o comerciante Ângelo Dias de Oliveira, de 53 anos.
Votação. Apenas dois vereadores votaram contra o reajuste: Professor Alberto (DEM) e Antonio Francisco, o Politizador (PMN). O vereador Pedro Serafim (PDT) não votou por estar na presidência da Casa. Carlos Signorelli (PT) se ausentou da votação e Sebastião dos Santos (PDT) justificou ausência e não compareceu.
O projeto foi proposto pela Mesa Diretora. O presidente da Câmara disse que o aumento se refere aos reajustes que deixaram de ser dados desde a década de 1990.
Ontem, Serafim não quis dar entrevista sobre o assunto. Por meio de sua assessoria de imprensa, informou apenas que um projeto de redução das verbas de gabinete dos vereadores será apresentado em sessão extraordinária. O presidente da Câmara Municipal não disse qual será o valor exato da redução de gastos de gabinete, mas disse que será equivalente ao aumento de salários.
VIA GRITOS DE ALERTA.
FONTE . ESTADÃO
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