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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cunhado de Orlando Silva deixa governo de Campinas


Os secretários e funcionários do primeiro escalão do governo de Campinas filiados ao PT e ao PCdoB colocaram seus cargos à disposição no final de semana. Os dois partidos mantiveram apoio à administração do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Dr. Hélio, cassado em 20 de agosto, e ao seu sucessor, Demétrio Vilagra (PT), que assumiu o cargo por 57 dias e foi afastado. Entre os exonerados está o secretário do Esporte e Lazer, Gustavo Petta (PCdoB), cunhado do ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB).
Diário Oficial de Campinas publicou as exonerações nesta segunda-feira. Além de Petta, foram desligados o chefe de gabinete, Nilson Lucílio, e o coordenador de Comunicações, Otávio Antunes. Devem deixar o governo também os secretários de Transportes, Sergio Torrecilas; de Serviços Públicos, Sebastião Arcanjo; de Habitação, Angelo Barreto, e o presidente do Serviço de Abastecimento de Saneamento de Água S/A (Sanasa), Fernando Pupo.
Petta foi nomeado por Dr. Hélio e durante a sua gestão e assumiu com o empenho de fazer de Campinas uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014. Ele se comprometeu a finalizar o Centro Esportivo de Alto Rendimento (Cear) da cidade, ao custo de R$ 15 milhões. A maior parte da verba era do Ministério do Esporte.
Ocupando uma área de 162 mil m² na Rodovia Anhanguera, o Cear está semiacabado. Petta assinou um convênio entre a prefeitura de Campinas e o Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, alvo de suspeitas de irregularidades.
Hoje, o prefeito interino de Campinas, Pedro Serafim (PDT), teve seu primeiro dia de trabalho. Dr. Hélio foi afastado após ser apontado como omisso nas irregularidades em contrato de licitações da Sanasa, em liberação de loteamentos e empreendimentos imobiliários e na instalação de antenas de telefonia celular. Vilagra é acusado de receber propina de empresários.
As acusações contra Orlando Silva
Reportagem da revista Veja de outubro afirmou que o ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), lideraria um esquema de corrupção na pasta que pode ter desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos. Segundo o delator, o policial militar e militante do partido João Dias Ferreira, organizações não-governamentais (ONGs) recebiam verbas mediante o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor dos convênios. Orlando teria recebido, dentro da garagem do ministério, uma caixa de papelão cheia de cédulas de R$ 50 e R$ 100 provenientes dos desvios que envolveriam o programa Segundo Tempo - iniciativa de promoção de práticas esportivas voltada a jovens expostos a riscos sociais.
João Dias Ferreira foi um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob acusação de participar dos desvios. Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, na época da Operação Shaolin, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos. Ferreira, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte.
O ministro nega as acusações e afirmou não haver provas contra ele, atribuindo as denúncias a um processo que corre na Justiça. Segundo ele, o ministério exige judicialmente a devolução do dinheiro repassado aos convênios firmados com Ferreira. Ainda conforme Orlando, os convênios vigentes vão expirar em 2012 e não serão renovados.
Especial para Terra

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