É comum ouvir-se de fanáticos adoradores do governo petista que os aposentados choram de barriga cheia, não havendo razões para criticar os governos Lula e Dilma, porque eles governam também para aposentados e pensionistas (todos).
Por eles estenderem aumentos reais para aposentados que recebem o mínimo (mais ou menos dois terços), não quer dizer como eles tanto apregoam, que governam também para todos os aposentados do RGPS. Não são todos os previdenciários que são agraciados, uma mentira que querem de qualquer maneira incutir na população distraída e ingênua.
Os aposentados que recebem (por enquanto) mais de 1 salário mínimo (mais ou menos um terço), não têm sua aposentadoria corrigida com o mesmo percentual dado aos outros aposentados do piso mínimo, evidenciando-se aí, um tremendo preconceito e uma covarde discriminação.
Analisando criteriosamente e com justiça está tórpida medida, chega-se a conclusão que o governo está sendo muito desleal com com estes segurados, já que a Previdência Social tem como teto máximo de pagamentos, mais ou menos 3.600 reais, não existindo por isso perigo algum dos benefícios do setor privado dispararem no seu valor.
Agora prestem atenção: Por que estas aposentadorias, que foram de até 20 salários mínimos, depois baixou para 10 e agora é de mais ou menos 6,6 salários mínimos, não param de sofrer defasagens quando atingem o teto máximo da Previdência? Está provado a má fé dos governantes que querem todas as aposentadorias niveladas a 01 salário mínimo, pouco se importando de contribuíram com descontos maiores para o INSS. Assim é jogado por terra 35 anos de contribuições maiores que as contribuições feitas pelo trabalhador assalariado. Que injustiça! Dá-se a uns, tirando-se de outros… Para eles, uma perfeita distribuição de renda.
Quanto ao equivocado pensamento de muitos de que o trabalhador ativo não foi previdente, porque não se resguardou para este momento, não é bem assim. Pensam desta maneira porque provavelmente nunca precisarão de uma aposentadoria para sobreviver.
Nasceram, louva-se a Deus, de uma família com maiores recursos financeiros, o que não quer dizer que foram mais precavidas ou econômicas. Foram sim, bafejadas pela sorte, determinado pelo Pai Supremo, acreditamos merecedoras, sendo um assunto que já não discuto, porque foge a compreensão humana.
A pura verdade, como bem disse a nossa amiga Diva, não dava para o trabalhador guardar ou manter recursos. Quem chegou a adquirir bens, dependendo sua manutenção pelo salário, tiveram-os destruídos pelos próprios governos, que foram incompetentes para afastar a inflação e, quando tentaram, só causaram prejuízos para os trabalhadores mais carentes.
Vide aquele governo que confiscou da conta corrente dos trabalhadores os valores que ultrapassavam um limite determinado, com promessas de devolução após dois anos e, somente, àqueles que pudessem explicar a origem daquele valor.
Vide a implantação dos planos econômicos e os confiscos nas cadernetas de poupança, que causaram prejuízos enormes aos poupadores, trabalhadores que visavam um futuro tranquilo no momento de afastarem-se do trabalho.
Até hoje essa celeuma se arrasta nos tribunais, parado nos arquivos do STF. Os banqueiros estão ganhando esta contenda, porque são protegidos pelos governos. Por que o governo não determinou que os bancos fizessem um crédito automático para os poupadores que tinham poupança naquelas ocasiões, sem a necessidade de recorrerem a justiça? Por que os bancos, na sua maioria, se recusaram a fornecer os extratos necessários para esse fim?
E para concluir: As próprias aposentadorias dariam para usufruir-se um fim de vida tranquilo, sem preocupações desnecessárias, se os governos não prejudicassem os aposentados com a manutenção deste malfadado Fator Previdenciário, e essa esdrúxula desvinculação do aumento do aposentado à correção do salário mínimo. Por que dois percentuais diferentes na atualização das aposentadorias? Quem poderia prever que as regras do jogo seriam trocadas no meio de uma partida? Enfim, coisas do Brasil…
Almir Papalardo.
almirpapalardo@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário