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quarta-feira, 30 de março de 2011

Bolsonaro Esclarece que Entendeu mal a Pergunta de Preta Gil

Deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu sua própria convocação pelo Conselho de ética e Decoro Parlamentar da Câmara para prestar esclarecimentos sobre a suas supostas declarações racistas feitas no programa CQC, segunda-feira, no qual ele diz ter mal entendido a pergunta.
"A respeito de minha resposta à cantora Preta Gil, veiculada no Programa CQC, da TV Bandeirantes, na noite do dia 28/03/2011, são oportunos alguns esclarecimentos.”
Em nota divulgada nesta terça-feira (29), Bolsonaro afirmou que entendeu errado a pergunta e achou que a artista se referia a uma relação homossexual.
“Se eu fosse racista, nunca diria isso na televisão, não sou louco. Mas não tenho qualquer problema com isso, tenho funcionários negros, minha esposa é afrodescendente, e meu sogro é mais negro que mulato," afirmou.
Durante o programa da TV Bandeirantes, o deputado respondeu a uma série de perguntas sobre a ditadura militar e preconceito contra gays e negros e com relação à pergunta de Preta Gil, que perguntou ao candidato se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, Bolsonaro respondeu, "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu."
Bolsonaro que pediu por esclarecimentos, disse que mesmo o apresentador da atração Marcelo Tas percebeu o engano cometido pelo deputado que entendeu que a pergunta foi em relação a um homossexual e não a uma mulher negra.
O deputado acusado afirmou que assistindo ao programa todos podem ver que em nenhum momento ele manifestou qualquer expressão de racismo. Ao responder por que era contra raciais, disse que afirmou ser contrário a qualquer cota e justificou explicando que “não viajaria em um avião pilotado por cotista nem gostaria de ser operado por médico cotista, sem me referir a cor.”
No entanto, segundo o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), um pedido de abertura de processo contra Bolsonaro no Conselho de ética da Casa foi feito pelo presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS).
“Consideramos as declarações dele racistas. Ele pode sofrer um processo penal. O Ministério Público não precisaria ser provocado, mas foi e vai se manifestar e abrir um processo contra ele (Bolsonaro). O Código Penal prevê até prisão para o crime de racismo," disse o deputado Brizola Neto.
Para Jean Wyllys (Psol-RJ), o colega de bancada fluminense praticou crime de racismo. Ele chamou Bolsonaro de ´racista homofóbico,` em referência ao discurso de intolerância do deputado em relação aos homossexuais. O deputado do Psol pediu o apoio e mobilização dos movimentos negro e LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros).
“Bolsonaro terá de responder por seu crime e imoralidade porque queremos uma sociedade justa e boa!” afirmou Jean Wyllys. A cantora Preta Gil também prometeu processar criminalmente o deputado doPP.
Jair Bolsonaro alegou que não é homofóbico, mas afirmou que não é apologista do homossexualismo, por entender que tal prática não seja motivo de orgulho. Em suas defesas anteriores ele expressou que "o Estado brasileiro não pode apoiar esse tipo de comportamento que atenta contra a família e o lar dos brasileiros.”
“Não sou homofóbico e respeito as posições de cada um; com relação ao racismo, meus inúmeros amigos e funcionários afrodescendentes podem responder por mim."

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