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quinta-feira, 31 de março de 2011

Preta Gil Reafirmou ser Injustamente Agredida pelas Declarações de Bolsonaro

Durante o lançamento oficial da 15ª Parada Gay de São Paulo na noita desta última quarta-feira, a cantora Preta Gil reafirmou que foi injustamente agredida pelas declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
"Passei nos últimos dias por um terror. Fui injustamente agredida por um político que não só me agrediu, mas a todos que são negros, gays ou que são os dois. Eu, no meu caso, sou uma mulher negra, gay e feliz," disse a cantora Preta Gil com relação à resposta de Bolsonaro no programa CQC.
Isso foi mesmo depois que o deputado prestou notas de esclarecimentos de que entendeu mal a pergunta da cantora, achando que a artista se referia a uma relação homossexual. "Essa se encaixa na resposta que eu dei. Para mim, ser gay é promíscuo, sim."
“Se eu fosse racista, nunca diria isso na televisão, não sou louco. Mas não tenho qualquer problema com isso, tenho funcionários negros, minha esposa é afrodescendente, e meu sogro é mais negro que mulato," afirmou.
A polêmica na segunda-feira, originou-se com os comentários de Bolsonaro no programa CQC da TV Bandeirantes, em que ele supostamente teria dado declarações racistas respondendo a uma série de perguntas sobre a ditadura militar e preconceito contra gays e negros e com relação à pergunta de Preta Gil, que perguntou ao candidato se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra.
"Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu," respondeu Bolsonaro.
Bolsonaro que pediu por esclarecimentos, disse que mesmo o apresentador da atração Marcelo Tas percebeu o engano cometido pelo deputado que entendeu que a pergunta foi em relação a um homossexual e não a uma mulher negra.

Entretanto, um pedido de abertura de processo contra Bolsonaro no Conselho de ética da Casa foi feito pelo presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS), segundo o deputado Brizola Neto (PDT-RJ).
“Consideramos as declarações dele racistas. Ele pode sofrer um processo penal. O Ministério Público não precisaria ser provocado, mas foi e vai se manifestar e abrir um processo contra ele (Bolsonaro). O Código Penal prevê até prisão para o crime de racismo," disse o deputado Brizola Neto.
Para Jean Wyllys (Psol-RJ), o colega de bancada fluminense praticou crime de racismo. Ele chamou Bolsonaro de ´racista homofóbico,` em referência ao discurso de intolerância do deputado em relação aos homossexuais.
“Bolsonaro terá de responder por seu crime e imoralidade porque queremos uma sociedade justa e boa!” afirmou Jean Wyllys.
Jair Bolsonaro alegou que não é homofóbico, mas afirmou que não é apologista do homossexualismo, por entender que tal prática não é motivo de orgulho. Em suas defesas anteriores ele expressou que "o Estado brasileiro não pode apoiar esse tipo de comportamento que atenta contra a família e o lar dos brasileiros.”
“Não sou homofóbico e respeito as posições de cada um; com relação ao racismo, meus inúmeros amigos e funcionários afrodescendentes podem responder por mim."

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