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quinta-feira, 10 de março de 2011

Pelo Menos 13 Pessoas Mortas no Cairo depois do Conflito Cristão-Muçulmano

Pelo menos 13 pessoas foram mortas no conflito entre Cristãos e Muçulmanos no Cairo, relatou a estação de televisão estatal do Egito na quarta-feira.
Outras 90 pessoas foram feridas no conflito. A violência sectária ocorreu depois que centenas de cristãos coptas saíram para protestar contra o incêndio provocado na Igreja de St. Mina e St. George em Soul, 18 milhas de Cairo, no sábado passado.
Um grupo de Muçulmanos relatou que queimou a Igreja no fim de semana depois de descobrir que um homem cristão local estava tendo um relacionamento amoroso com uma mulher muçulmana.
Na terça-feira, cerca de 500 protestantes coptas de Mansheier Nasr, também conhecido como “Garbage City,” estavam no caminho para se juntar ao protesto no Edifício de TV egípcio por causa da Igreja queimada quando eles encontraram milhares de Muçulmanos da área próxima de Sayeda Aisha e Mokattam. Os Muçulmanos estariam armados com armas pistolas automáticas, de acordo com a Agência de Notícias Internacional Assíria (AINA).
No começo, pedras foram atiradas contra os protestantes coptas. Depois, contudo, Coquetéis Molotov foram lançados contra eles.
Eventualmente, os militares chegaram no local da cena do conflito e somente pararam e assistiram inicialmente. Então, eles começaram a atirar para o ar e eventualmente dispararam balas reais para o lado dos coptas, de acordo com AINA baseada em relatórios de testemunhas coptas.
“Nós estávamos em um lado e os Muçulmanos em outro, nós temos centenas de feridos no lado copta,” disse uma testemunha. “Os Muçulmanos estavam também atirando por trás dos tanques militares.”
O procurador Wagih Anwar Abou Saad, que também testemunhou o conflito, disse que ao Free Coptic Voice que, “o exército está a proteger os Muçulmanos, que buscaram abrigo atrás dos tanques do exército.”
O padre Abdelmaseeh Baseet da Igreja Copta, na quarta-feira, disse que todos que foram mortos no conflito, eram Cristãos, de acordo com a CNN.
Os militares egípcios, que tomaram controle do país depois da destituição do Presidente Hosni Mubarak, prometeu investigar quem está por trás “dos atos de violência” e para responsabilizá-los “em toda a extensão da lei.”
Além das perdas humanas, o conflito resultou também em oito casas e 20 fábricas de reciclagem de lixo, pertencente aos coptas, incendiados. Cerca de 30 veículos de coleta de lixo foram também queimados.
O surto da violência de terça-feira é o último em uma série de conflitos Cristãos-Muçulmanos desse ano no Egito. Na véspera de Ano Novo, 21 pessoas foram mortas por um terrorista suicida fora da Igreja Copta em Alexandria. A explosão feriu cerca de centenas de pessoas.
Menos de duas semanas depois, um homem armado atirou fatalmente em um homem cristão e feriu outros cinco coptas em um trem no Egito.
E no fim de Fevereiro, um monge e seis funcionários da Igreja baleados e feridos quando o Exército Egípcio atacou um monastério Copta Ortodoxo em Wadi Al-Natroun, 68 milhas ao norte de Cairo.
Desde de Sábado, quando a Igreja de Soul foi queimada, Coptas estiveram sentados em frente ao Prédio de Televisão Egípcia para protestar contra a falha do exército, em entregar o prédio da Igreja em Soul como tinha prometido.
Os Cristãos representam entre oito a 12 por cento da população do Egito de 80 milhões de pessoas.


CRISTIAN POST

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