Kano (Nigéria), 21 jan (EFE).- Pelo menos 215 pessoas morreram até o momento nos atentados de sexta-feira na cidade nigeriana de Kano, obra do grupo radical islâmico Boko Haram, informou neste domingo o jornal local "Leadership".
O periódico nigeriano, um dos mais importantes do norte do país, baseia esses números nas observações feitas por seus correspondentes, que visitaram necrotérios de vários dos principais hospitais de Kano.
Ilustrada com uma fotografia de corpos empilhados no reboque de uma caminhonete, a reportagem indica que o número poderia continuar aumentando, já que há inúmeras pessoas gravemente feridas nos hospitais visitados.
Nem a Polícia nem a Cruz Vermelha divulgaram ainda números de maneira oficial, pois continuam recolhendo e organizando dados.
O governo do estado de Kano, cuja capital é a cidade homônima, reduziu o toque de recolher de 24 horas previamente imposto. A partir de agora, a medida será vigente entre 19h e 6h locais (16h e 3h de Brasília).
O comissário estadual de Informação, Umar Farouk, anunciou neste sábado a medida pela rádio para que os nigerianos possam seguir realizando suas ocupações diárias.
No entanto, agentes armados das forças de segurança desdobrados na cidade após os ataques seguem patrulhando as ruas da cidade e vigiando os pontos estratégicos.
A maioria dos atentados, realizados com explosivos e armas leves, ocorreu no bairro de Bombai, onde ficam as sedes da Polícia estadual, várias delegacias e a residência oficial do subcomissário de Polícia, todas elas atacadas.
Outros alvos dos terroristas foram os escritórios do Serviço de Segurança Estatal (serviço de inteligência nigeriano) e de Imigração.
O "Leadership" acrescenta que, na noite de sexta-feira, os terroristas, vestidos com uniformes da Polícia, voltaram na noite de sexta-feira a várias das principais delegacias para realizar novos ataques.
Os radicais islâmicos do Boko Haram assumiram a autoria dos atentados - o maior massacre da história da Nigéria - através de uma ligação telefônica realizada na sexta-feira ao jornal local "Daily Truste".
O Boko Haram - cujo nome significa "a educação não islâmica é pecado" em línguas locais - luta para instaurar a lei islâmica (Sharia) no norte da Nigéria, de maioria muçulmana, enquanto o sul de país é predominantemente cristão.
O grupo fundamentalista, que admitiu em várias ocasiões sua vinculação com a rede terrorista Al Qaeda, se responsabilizou também pelo atentado contra a sede da ONU em Abuja, em agosto do ano passado, e disse que os últimos ataques foram uma resposta à recusa das autoridades federais em libertar alguns de seus membros detidos.
Com mais de 150 milhões de habitantes e mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas diferenças políticas, religiosas e territoriais.
Foto 5 de 5 - 21.01.2011- Homem caminha por local atingido por bomba em Kano, na Nigéria. Uma série de ataques deixou centenas de feridos no país Mais Stringer/Reuters
O periódico nigeriano, um dos mais importantes do norte do país, baseia esses números nas observações feitas por seus correspondentes, que visitaram necrotérios de vários dos principais hospitais de Kano.
Ilustrada com uma fotografia de corpos empilhados no reboque de uma caminhonete, a reportagem indica que o número poderia continuar aumentando, já que há inúmeras pessoas gravemente feridas nos hospitais visitados.
Nem a Polícia nem a Cruz Vermelha divulgaram ainda números de maneira oficial, pois continuam recolhendo e organizando dados.
O governo do estado de Kano, cuja capital é a cidade homônima, reduziu o toque de recolher de 24 horas previamente imposto. A partir de agora, a medida será vigente entre 19h e 6h locais (16h e 3h de Brasília).
O comissário estadual de Informação, Umar Farouk, anunciou neste sábado a medida pela rádio para que os nigerianos possam seguir realizando suas ocupações diárias.
No entanto, agentes armados das forças de segurança desdobrados na cidade após os ataques seguem patrulhando as ruas da cidade e vigiando os pontos estratégicos.
A maioria dos atentados, realizados com explosivos e armas leves, ocorreu no bairro de Bombai, onde ficam as sedes da Polícia estadual, várias delegacias e a residência oficial do subcomissário de Polícia, todas elas atacadas.
Outros alvos dos terroristas foram os escritórios do Serviço de Segurança Estatal (serviço de inteligência nigeriano) e de Imigração.
O "Leadership" acrescenta que, na noite de sexta-feira, os terroristas, vestidos com uniformes da Polícia, voltaram na noite de sexta-feira a várias das principais delegacias para realizar novos ataques.
Os radicais islâmicos do Boko Haram assumiram a autoria dos atentados - o maior massacre da história da Nigéria - através de uma ligação telefônica realizada na sexta-feira ao jornal local "Daily Truste".
O Boko Haram - cujo nome significa "a educação não islâmica é pecado" em línguas locais - luta para instaurar a lei islâmica (Sharia) no norte da Nigéria, de maioria muçulmana, enquanto o sul de país é predominantemente cristão.
O grupo fundamentalista, que admitiu em várias ocasiões sua vinculação com a rede terrorista Al Qaeda, se responsabilizou também pelo atentado contra a sede da ONU em Abuja, em agosto do ano passado, e disse que os últimos ataques foram uma resposta à recusa das autoridades federais em libertar alguns de seus membros detidos.
Com mais de 150 milhões de habitantes e mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas diferenças políticas, religiosas e territoriais.
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