As eleições deste ano deverão novamente ganhar forte cunho religioso e parece que já começou.
Por meio do Twitter o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC/SP) retuitou a seguinte mensagem postada por um internauta: “Dep @MarcoFeliciano pede q cristãos elejam pastores e ñ ateus-feiticeiros-sodomitas“. O texto do microblog refere-se ao artigo intitulado ‘A Igreja Evangélica e a Política Brasileira‘, de autoria de Feliciano, publicado em seu site, onde o pastor faz uma análise sobre o envolvimento de evangélicos na política brasileira.
No texto, o parlamentar enfatiza que por décadas “houve um desdem por parte dos evangélicos sobre este assunto”.
“A falta de um posicionamento dos líderes evangélicos, que por sua vez demonizaram a política e desestimulavam qualquer cristão a se envolver com o assunto, provocou um desfavor à nossa Pátria bem como a igreja”, analisa o deputado.
Para ele, aos poucos alguns cristãos evangélicos foram rompendo as barreiras e aproximando-se do escalão político brasileiro. Isto levou grandes denominações a entenderam que deviam ser representantes do povo evangélico no cenario político nacional.
O pastor ressalta que por “falta de vigilância, compromisso com o reino e o total despreparo, incluindo espiritual”, alguns políticos da ala evangélica acabaram indo à falência política, após terem seus nomes envolvidos no chamado escândalo dos “Sanguessugas”, também conhecido como máfia das ambulâncias, que estourou em 2006 devido à descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro para a compra de ambulâncias.
‘Tal escândalo foi o responsável pela quase extinção dos evangélicos na Casa das leis’, ressalta Marco Feliciano.
O parlamentar destaca que dos “quase 100 [acusados] ao todo, incluindo 90% de todos os evangélicos da Casa, apenas 8 foram considerados culpados”. Para ele, ”a ‘santidade’ reinante no movimento evangélico brasileiro fez com que no pleito seguinte, pastores e suas ovelhas preferissem transferir seus votos dos ‘fracos parlamentares evangélicos’, para os ‘fortes parlamentares ateus-feiticeiros-sodomitas’.”
Feliciano entende que a “falta de parlamentares genuinamente cristãos, que por mais fracos que fossem, se lá estivessem em um número representativo” teriam impedido , por exemplo, a aprovação na Câmara dos Deputados do PLC 122/2006 (lei da ‘homofobia’).
O deputado enfatiza que muitas igrejas entenderam a necessidade do envolvimento mais direto com a política, mas impediram que seus sacerdotes se candidatassem, priorizando a indicação de outros cristãos, sob a alegação de que ”pastor que se mete em política perde a unção e o ministério”. Para Marco Feliciano, é preferível que um pastor esteja ocupando um cargo legislativo, pois certamente tomará mais cuidado, porque “sabe ele que qualquer escândalo com seu nome poderá ser sinônimo de falência ministerial, isso o fará vigiar mais, ficar mais atento”.
O deputado lembra que “na última eleição para Presidente, a igreja cristã brasileira em todos os seus segmentos, foi a grande responsável pelo segundo turno”. Na ocasião alguns assuntos como aborto, homossexualidade e o fim da liberdade de culto foram trazidos ao debate, levando os cristãos a se manifestarem.
“Infelizmente após a eleição, compromissos foram esquecidos, e o inferno mais uma vez se levanta. Falo não como observador agora, mas como político atuante em pleno mandato”, salienta o político.
O deputado e pastor conclui seu artigo pedindo que os líderes evangélicos indiquem cristãos genuínos para as eleições municipais de 2012. ”Vamos eleger o maior número de vereadores evangélicos, pois eles serão os responsáveis pelas leis municipais!”, enfatiza.
Fonte: Holofote.Net
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