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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O DILMA ACORDA AI - Enrolado, Bezerra deverá dar explicações a Dilma nesta 2ª


Novas denúncias complicam a situação do ministro da Integração, que é acusado agora de comprar duas vezes o mesmo terreno com verba pública

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, durante coletiva em que tentou explicar o repasse de verbas para seu estado natal, Pernambuco O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, durante coletiva em que tentou explicar o repasse de verbas para seu estado natal, Pernambuco (Valter Campanato/ABr)
A situação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, se complicou ainda mais neste final de semana, com a revelação de que ele utilizou verba pública para projetar o filho, deputado Fernando Coelho Filho (PSB), em Petrolina, cidade onde o parlamentar deseja eleger-se prefeito neste ano. E é afundado em denúncias que o ministro vai se reunir com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira. Durante o encontro, Bezerra Coelho deverá apresentar à presidente explicações não só sobre o favorecimento do filho, como também a respeito do vultoso repasse de verbas antienchentes a Pernambuco, seu estado natal, em detrimento de outros estados.
E as denúncias sobre os desmandos de Bezerra não param de surgir. Nesta segunda-feira, o jornal Folha de S. Paulo revela que o ministro comprou por duas vezes o mesmo terreno quando era prefeito de Petrolina – utilizando-se, é claro, de verba pública. Segundo o jornal, a primeira compra ocorreu em 1996, já no fim do primeiro mandato de Bezerra, por 90.000 reais. A segunda, em 2001, durante sua segunda passagem pela prefeitura. Naquele ano, o terreno custou 110.000 reais aos cofres da cidade. Nas duas ocasiões, o dinheiro, que beneficiou o empresário José Brandão Ramos, foi gasto com a justificativa de transformar o local em um aterro sanitário.
Na terça-feira, o ministro deverá prestar esclarecimentos ao Congresso Nacional. O pedido para ouvi-lo foi protocolado pelo PPS na semana passada, quando vieram à tona acusações de uso político de verbas de prevenção a enchentes. Embora não esteja na lista de regiões com maior risco de inundações, o estado de Pernambuco, berço eleitoral do ministro, recebeu 90% da verba antienchente da pasta.
O caso provocou uma crise entre PT e PSB, partido do ministro. De olho nas eleições deste ano, a presidente Dilma Rousseff atuou para esfriar os ânimos e mandou caciques petistas, que desferiram ataques a Bezerra, saírem em defesa do ministro. Na última sexta-feira, houve rumores na internet de que Bezerra deixaria a Integração. Ele negou a informação pelo Twitter.
No sábado, reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, informa que o filho de Bezerra foi o deputado que teve o maior valor de recursos liberados em 2011 pelo ministério. Ele teve liberados 9,1 milhões de reais em emendas, o total apresentado ao Orçamento 2011.
Chuvas – Também nesta segunda, Dilma receberá para uma reunião os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Paulo Sérgio Passos (Transportes), Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Em uma reunião da qual também participaram Bezerra e o secretário Nacional da Defesa Civil, Humberto Viana, o grupo discutiu, na noite deste domingo, os estragos provocados pelas chuvas no Sudeste do país. O encontro serviu com uma prévia para os ministros que terão de apresentar para a presidente um balanço do que tem sido feito para contornar os problemas.
Depois de mais de três horas de conversa, os ministros deixaram o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), em Brasília, sem falar com a imprensa. Ao longo da semana, representantes das pastas fizeram balanços diários sobre os estragos das chuvas, as providências adotadas e as que ainda são necessárias, segundo informaram assessores dos Ministérios.
Na reunião deste domingo, os ministros fizeram um resumo do que cada pasta fez ao longo dos últimos dias, numa espécie de preparação para o encontro com a presidente Dilma. No encontro, os ministros também discutiram a situação do Rio Grande do Sul, que sofre com a estiagem.

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