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SOCIEDADE BÍBLICA


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Pastor afirma que fé pode libertar do homossexualismo


 debates realizados em Brasília em torno de um recente projeto de lei apresentado pela Bancada Evangélica têm repercutido também no restante do país.O projeto é do deputado João Campos (PSDB-GO), líder da Bancada Evangélica na Câmara. Ele sugere a alteração de dois artigos do Conselho Federal de Psicologia, o que permitiria o tratamento da homossexualidade como um transtorno.

Algumas religiões defendem que é possível reestabelecer a heterossexualidade através da fé. A Comunidade Evangélica Luterana Renovada, por exemplo, prega que os trabalhos de cura interior e libertação compreendem os considerados desvios de conduta, como a dependência química, a depressão e também a homossexualidade.
"O que a gente faz é embasado na palavra de Deus. Tudo que está na Bíblia é equilíbrio, não podemos radicalizar", defende o pastor da Comunidade Luterana, André Paim Praessler. Em entrevista ao Sul Notícias, ele disse que a demanda por essa libertação é crescente.
Para atender melhor a todos os homossexuais que procuram o grupo na esperança de se “curar”, o pastor conta que está capacitando membros da igreja para atuar na segmentação. Além disso, ele pretende participar de um ministério focado no atendimento a homossexuais para aperfeiçoar o trabalho.
André destaca que o tratamento é para quem tem desejo de passar por essa transformação e que ele só é eficiente se a pessoa estiver realmente disposta a mudar de vida.


“Quem vem com o interesse de mudar de vida, consegue. Mas não adianta a pessoa sair da igreja e continuar com a vida de antes, tem que haver mudança", diz ele.
O pastor informou que o tratamento é baseado nos ensinamentos bíblicos e que a vivência de cada um é trabalhada de modo individual. "Nós fazemos um mapeamento de tudo que a pessoa viveu e trazemos a realidade dela à luz da Bíblia. Um grande percentual sofreu alguma violência sexual, por isso tem aversão ao sexo oposto", explica.
Clér Seijo, que há oito anos buscou a transformação, garante a eficácia do método religioso. Hoje Clér é casado, tem dois filhos e é pastor na mesma congregação que André Paim.
"Eu fui progredindo com o tempo. Mudei a maneira como me vestia, minhas companhias. Ninguém me ensinou, as mudanças foram automáticas. O homossexualismo não é doença, mas se fosse Jesus também curaria", contou em entrevista ao Sul Notícias.
O tratamento trabalha a homossexualidade como uma falta de identidade sexual, que pode, inclusive, ter sido criada pela estrutura familiar em que a pessoa cresceu.
"O pai tem que mostrar que ele é o homem da casa. Ele não faz isso batendo na mãe ou ficando o dia inteiro no bar, mas assumindo a responsabilidade do lar e conversando com os filhos", esclarece o pastor André.
O pastor informou também que homossexuais que não aderiram ao trabalho de transformação frequentam a igreja em que ele atua, sem diferenciação.
Na última segunda-feira, 7, em entrevista ao programa CQC, TV Band, o deputado Jean Wyllys declarou-se contrário a qualquer tratamento que prometa a “cura” para a homossexualidade e mostrou-se indignado com o projeto da bancada evangélica.
Segundo o parlamentar, as clínicas de terapêuticas usam métodos violentos contra os homossexuais, que incluem violência psicológica e física.
A matéria trouxe também entrevista com a fundadora da igreja Cidade Refúgio, Lanna Holder. Ela contou já ter feito de tudo para se livrar do homossexualismo e disse que, mesmo quando era casada, tinha que relutar contra seus desejos.
Hoje ela vive com Rosania Rocha e administra a igreja que fundou, que é a primeira igreja do Brasil voltada aos homossexuais.

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